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Quer seja solteiro(a) ou casado(a), é fundamental saber gerir o dinheiro familiar.
Tanto no seio familiar como em qualquer empresa, o objetivo é sempre o mesmo: gastar menos dinheiro do que aquele que se ganha.

Para quem saiu agora de casa dos pais, e  estava habituado a pedir dinheiro para ir ao cinema, ou para comer fora, vê-se agora obrigado a gerir o seu dinheiro pela primeira vez, ou, para si que já é casado ou vive sózinho há algum tempo, e nunca fez um orçamento familiar, então está na altura de o fazer.

Quando começamos a aventura de gerirmos o nosso próprio dinheiro, quase sempre surge a pergunta da praxe:
Onde é que gastei o meu dinheiro?


Para responder a esta questão, vamos ter de realizar um orçamento familiar, onde vamos registar todas as despesas da família. Isto num orçamento mais simples.

Se quiser elaborar um orçamento familiar, digamos mais a sério, então poderá dividir as suas despesas em:

a) despesas fixas
b) despesas variáveis
c) despesas imprevistas.
As despesas fixas são, como a própria designação da categoria indica, imutáveis (não variam) durante um certo período de tempo (semana, mês, ano, etc).

As despesas fixas são difíceis de serem evitadas, porque são despesas necessárias à família. Todos concordamos que a alimentação, os transportes, o pagamento de créditos, ou a renda da casa, são despesas difíceis de serem cortadas. Acha que a sua família sobrevive ao mês sem comida? Claro que não.

As despesas variáveis dependem das atividades de cada família, ou de cada pessoa. Estamos a falar de despesas relativas a gastos com roupa, comer fora de casa, por exemplo em restaurantes, entretenimento (jogos de consola, jogar bowling, ir ao casino, comprar tabaco, etc), cultura (teatro, cinema, livros, cd's, dvd's, assistir espetáculos ao vivo, etc).

As despesas imprevistas são aquelas que acontecem em situações de emergência ou devido a alguma necessidade imediata, como por exemplo uma reparação na casa ou carro, uma cirurgia, um pneu do carro que rasgou e há que o substituir, um vidro que se partiu, a fechadura da porta que avariou, etc.

O orçamento familiar deve considerar todos os gastos do agregado familiar, havendo a necessidade de alguma flexibilidade, já que as circunstâncias podem mudar e é preciso ser prático.


Para se fazer um orçamento familiar devemos seguir os seguintes passos:
a) Fazer duas listas: uma lista dos rendimentos da família e uma lista dos seus gastos.
b) Anotar todos os gastos ao longo do mês.
c) Fazer uma relação de todas as contas a pagar e do que é necessário comprar durante um mês, como por exemplo a renda ou prestação da casa, água, telefone, celular (telemóvel em Portugal), electricidade, alimentação, etc.
d) Rever os gastos ocasionais que possam aparecer, como alguma festa de aniversário, a compra de um presente, entre outros.
e) Estabelecer qual irá ser o valor da poupança mensal para possíveis necessidades que possam aparecer (as tais despesas inesperadas).
f) Identificar cada uma das suas compras como uma necessidade, um gosto ou um desejo.

Ao terminar o mês, devem ser revistos os gastos e começar a investigar onde se gastou o dinheiro. Trata-se de tirar as conclusões necessárias para alterar os nossos gastos e controlá-los.
Nesta altura, vamos subtrair os gastos aos rendimentos mensais.

Se o resultado for positivo, considerando a parte destinada à poupança mensal como um gasto, estamos bem.
No caso de o resultado ser negativo, não há outra solução do que reduzir os gastos e fazer uma revisão profunda de todo o orçamento.

Verifique onde são feitos os gastos diários pagos em dinheiro. Os gastos diários em dinheiro são gastos que passam muitas vezes despercebidos e que frequentemente não contabilizamos, mas que ao serem somados, representam um grande valor no final do mês. Estes gastos são, por exemplo:
os cafés fora de casa, o tabaco, a revista ou o jornal, as pastilhas, etc.

Mas afinal, qual a grande razão de se fazer um orçamento familiar. Quais são as vantagens de se fazer um orçamento familiar?

Fazer um orçamento familiar, irá ajudar-nos a tomar melhores decisões nas nossas compras.


O dinheiro que entra em nossa casa, é um valor limitado. Seria bom se o dinheiro que ganhamos, nos permitisse realizar todos os nossos desejos e anseios. Mas na maiorias das pessoas, tal não é possível. Então temos de gastar o nosso dinheiro atendendo a uma série de prioridades.

O que devo comprar: uma PS4 ou guardar esse dinheiro para pagar entre outras coisas a luz e a água?

O orçamento familiar dá-nos a base para tomar as decisões de forma lógica, sendo essa decisão baseada em dados que podemos “medir”, de forma a serem evitadas compras compulsivas e irracionais.

Para poder tomar decisões é importante saber os rendimentos reais de toda a família. Saber o que cada um dos membros do agregado familiar recebe. Devemos incluir todos os membros e conhecer as suas necessidades específicas.

A cultura da poupança é importante na família. É importante para si no imediato, e estará a transmitir este importante ensinamento aos seus filhos.

Tente cultivar a cultura da poupança como um meio para alcançar um fim, com um objetivo a alcançar. A poupança tem de ter uma finalidade: a realização de umas férias, a compra de um carro novo, comprar uns sapatos de marca, comprar uma peça de roupa de marca, etc.

Havendo um objetivo que nos faça mover, torna-se mais fácil inculcar a cultura da poupança na família.

A moda é outro elemento que influencia as decisões de compra do consumidor. Talvez deseje comprar roupa de marca, calçado de marca, móveis, etc., que são novidade. Tenha em conta o seu custo.

Compare preços. Não faça a compra mal vê o artigo que deseja comprar. Quando fizer uma compra importante, visite várias lojas e verifique marcas diferentes. Compare preços. Existem vários compradores de preços na Internet. Poderá encontrar grandes diferenças de preços no mesmo artigo, em lojas diferentes.

Sempre que possível, evite as compras a prestações com juros. Se usa o cartão de crédito, tente pagar todos os meses o saldo do cartão.

Determine quais são as suas necessidades urgentes, as suas necesidades básicas e as necessidades supérfluas, de forma a gerir melhor os seus rendimentos, e a não ter de recorrer a empréstimos e a cartões de crédito.

Antes de comprar alguma coisa, primeiro deve consultar o seu orçamento. A decisão que tomar deve ser tomada numa base racional e mais próxima da sua realidade financeira.