- Mãe, vamos fazer a árvore de Natal?
- Já? disse eu
Mas ninguém ouviu o meu comentário. Não me apetecia nada, mas apetecia a eles. Sim e nessas coisas perco sempre, três homens que adoram o Natal. Sim, porque se eu disser que é um homem e duas crianças, ouço logo o comentário somos três homens, diz o mais pequeno.
Ainda pensei, ah já já esquecem do pedido.
Qual quê! Andaram atrás do pai a pedir para ir a arrecadação buscar a árvore e a promessa foi feita: amanhã
trago para baixo a árvore e todos os adereços.
Foram para a escola a resmungar que preferiam montar a árvore do que ir a escola.
Não liguei, fingi que não ouvi, como fazem comigo, quando lhes dá jeito.
Mas a promessa foi cumprida, o pai lá foi buscar a árvore.
A árvore já tem uns bons anos, mas ainda está pomposa, bonita, grande e tem um ar descansadinho, lógico a malandra só trabalha dois meses por ano, depois fica deitadinha na caixa, na arrecadação a ver o entra e sai de móveis, bugigangas e roupas durante o ano...
Colocamos no canto da sala, a caixa com a árvore. O pai armou a árvore e o resto foram eles, sim porque no primeiro ano do meu filho mais velho, que ainda ensaiava os primeiros passos, foi quase uma manhã para ajudar-me a dar as mil bolinhas e bengalas e tantos outros enfeites que ano a ano, vamos comprando ou ganhando e qualquer dia a coitada da árvore, cai para o lado com o peso. Bem da verdade, que esse ano, já andei a fazer reciclagem, umas bolinhas que estavam feias, foram coladas, pintadas para terem outra roupagem. Luzes, mil luzes, brancas e coloridas não podem faltar. e no alto uma estrela D'Alva, a tal que orientou os três Reis Magos a procura do nascimento do Menino Jesus.
Eu adoro o Natal, fico emocionada com a simples idéia de um bebé fazer a revolução que fez no mundo todo, cada qual com a sua cultura e religião. Compramos e trocamos presentes, sempre a homenagear o nascimento desse menino que foi considerado o filho de Deus que se fez carne. Sim, nem todos acreditam nessa idéia, mas cada um é como cada qual. Acreditem no que quiserem acreditar. Sei também, que a indústria do consumismo, mantém essa data e idéias porque dá imenso jeito para aquecer as compras, as vendas, o comprar, comprar, comprar.... mas nós temos que ter meio termo, uma lembrança as crianças acho sempre muito importante e o convívio de estarmos juntos, ano a ano, é o mais importante símbolo do Natal, na minha sincera opinião.
Mas voltando a azáfama da montagem da árvore de Natal em oito mãos, ainda tivemos a eleição dos três enfeites mais bonitos, desta ano e os vencedores foram:
 Bolacha de gengibre
 Boneco de neve
a bola de diamantes